Em meio ao maior escândalo de corrupção envolvendo a Fifa,
o suíço Joseph Blatter foi reeleito nesta sexta-feira para o seu quinto
mandato a frente da entidade. Presidente da organização desde 1998,
quando sucedeu o brasileiro João Havelange, Blatter derrotou em Zurique o
príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, seu único adversário no pleito.
A reeleição de Blatter foi confirmada depois da desistência
do príncipe jordaniano de disputar o segundo turno. No primeiro turno da
votação, o dirigente suíço recebera 133 votos, contra 73 de Hussein.
A eleição aconteceu no momento em que a Fifa sofreu um duro golpe com a prisão, na quarta-feira, de sete dirigentes
acusados de corrupção, fraude, extorsão, lavagem de dinheiro e propinas
no valor de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) ligados a Copas
do Mundo e acordos de marketing e de transmissão de jogos pela
televisão. Entre os presos estava o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, que permanece detido em Zurique.
Blatter foi reeleito mesmo tendo uma forte oposição da Uefa,
entidade que governa o futebol europeu. Na véspera do pleito, o
presidente Michel Platini disse que chegou a pedir para o suíço deixar a Fifa, mas não obteve sucesso. O ex-jogador francês ameaçara rever as relações da Uefa com a Fifa caso Blatter fosse reeleito.
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