O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki
prorrogou até 29 de junho o inquérito que investiga o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suposta participação em
irregularidades na Petrobras. Cunha é um dos políticos investigados no
âmbito da operação Lava-Jato. O pedido foi feito em abril pelo delegado
da Polícia Federal (PF) Thiago Machado Delabary. Segundo ele, a
prorrogação é necessária devido à complexidade da investigação e à
necessidade de ouvir pessoas envolvidas no episódio.
Cunha é acusado pelo crime de corrupção passiva, por receber
propina da Samsung, empresa de afretamento de navios, e de empreiteiras
com contratos com a Petrobras. Ele teria usado deputados sobre os quais
têm influência para apresentar requerimentos na Câmara como forma de
pressionar a Samsung e outras duas empresas: Mitsui e Toyo. O objetivo
seria forçar a liberação do pagamento de suborno.
Na tarde desta terça-feira, Cunha disse não ter dúvida de
que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, transformou a
investigação de seu suposto envolvimento no esquema de corrupção na
Petrobras em "querela pessoal". A afirmação foi feita por Cunha ao
comentar a decisão de Janot de não aceitar o pedido do advogado do
presidente da Câmara para arquivar o inquérito contra ele no Supremo
Tribunal Federal (STF). Para Cunha, isso aconteceu porque ele contestou
os argumentos de Janot de pedir abertura de inquérito de alguns
políticos e deixar outros de fora, citando nominalmente o caso do
senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Cunha.
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