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* Nosssaaaaaaa: Ex-deputada Larissa Rosado tinha salário de R$ 205.958,00 na APAMIM, diz Caged.

Entre os mais de 300 servidores da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância em Mossoró (APAMIM), pelo menos 34 tinham supersalários, entre eles a ex-deputada estadual Larissa Rosado, com salário de R$ 205.958,00. 

Os 34 “servidores”, juntos, ganhavam R$ 4.655.000,00/mês, enquanto que a folha de pagamento/mês dos servidores reais da APAMIM (cerca de 300) não chegava a R$ 600 mil.

O salário de marajá da ex-deputada não era o maior dentro da APAMIM, que passava sérias dificuldades para pagar os servidores reais. Havia um salário de R$384.663,00. (Veja print do relatório do MP).
A planilha com os 34 nomes com salários muito acima do que APAMIM podia pagar foi descoberto pelos promotores de Justiça do Ministério Público Federal, Estadual e do Trabalho, durante operação policial dentro APAMIM em agosto de 2014.

Portanto, ressalta os promotores, Maria Vânia Azevedo Moreira não havia sido legalmente eleita presidente da APAMIM e sim, quem realmente decidia e mandava em tudo na APAMIM/CSDR era o grupo político do ex-deputado federal Laíre Rosado Filho, que de fato aparece na Receita Federal como presidente da entidade.
Os promotores observam que atualmente o Hospital Maternidade Almeida Castro administrado pela Junta Interventora Federal, usando recursos do SUS e a mesma parceria com a Prefeitura Municipal de Mossoró, funciona bem, tem estoque de medicamentos e materiais de consumo, assim como está reestruturando e ampliando os serviços maternos infantis e também hospitalares da unidade.

“Todo mês reservamos um valor para reestruturar e ampliar os serviços oferecidos. Agora estamos concluindo os trabalhos para prestar serviços aos Planos de Saúde e também particular. O que vamos faturar, vamos reinvestir na estruturação”, explica Larizza Queiroz, coordenadora da Intervenção na APAMIM/HMAC.

Como se pagava os supersalários

Enfim, como Maria Vânia Azevedo Moreira e Laíre Rosado Filho pagavam uma folha superior a R$ 5 milhões faturando menos de R$ 700 mil do SUS? Primeiro é preciso ressaltar que os 34 nomes identificados pelos promotores de justiça com altos salários não trabalhavam. É o caso da ex-deputada estadual Larissa Rosado.

Na verdade, os promotores suspeitam que os salários destes 34 servidores não eram pagos. Deixava-se atrasar. Em 2008, 2010, 2011, 2012 e 2013, os sócios da APAMIM teriam se reunido e aprovado empréstimos em vários bancos para pagar os servidores.

Entretanto, estas autorizações não existiam. As atas eram forjadas. Os promotores de Justiça descobriram que a então “direção” da APAMIM preenchia o documento com o que se precisava (fazer o empréstimo) e colocava para os servidores da maternidade assinarem, como se fossem os sócios, autorizando os empréstimos para pagar parcelado com recursos do SUS.

Para conseguir as certidões negativas juntos a Receita Federal (recolhiam os tributos dos servidores e não repassava para o INSS e FGTS), a direção da APAMIM ia lá e negociava os débitos milionários, pagando a primeira parcela somente para ter a certidão negativa temporária. Assim tinha o nome limpo para pegar os empréstimos milionários.
Assim quebrar até o trem! 
Mossoró Hoje.

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