Estudantes de diversos cursos de graduação da Universidade do Estado
do Rio Grande do Norte (UERN) se reuniram ontem (25) pela manhã, em
frente ao Teatro Municipal Dix-huit Rosado, para um protesto em
‘descomemoração’ aos 90 dias de paralisação dos professores e técnicos
administrativos da Universidade.
Os acadêmicos participaram da mobilização com cartazes e faixas denunciando as deficiências estruturais da Uern. A estudante Maria Jéssica, do curso de Pedagogia e também integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), participou do ato e defendeu a legalidade da greve dos servidores. “A gente tem a consciência de que essa luta não é apenas por aumento salarial, por isso estamos fazendo a nossa parte dando o apoio necessário e também pressionando para que o Governo acabe de vez com esse impasse.
Nós queremos que a greve acabe o quanto antes, mas que os servidores também consigam ver seus direitos sendo reconhecidos. Queremos ver a nossa universidade estruturada e dessa forma com qualidade para as suas atividades”, disse a estudante.
A manifestação foi organizada pelos alunos do curso de Medicina com o apoio e participação dos alunos das demais graduações.
NEGOCIAÇÃO
Na manhã de ontem, após reunião com o reitor da Uern, na Reitoria da
Universidade, o comando de greve esteve reunido na sede da Associação
dos Docentes da Uern (ADUERN) para analisar e discutir as
particularidades da minuta do projeto de lei com os percentuais
acordados entre o reitor Pedro Fernandes e o Governo do Estado durante
negociações na segunda-feira passada, 24.
Durante encontro entre administração da Uern e o governador Robinson
Faria, o entendimento foi feito dentro do que os servidores estavam
pleiteando e a Reitoria negociando, desde o começo da campanha salarial,
o que significa o cumprimento do acordo de reposição de 57,53%, em
quatro parcelas. O documento também foi entregue à secretária-chefe de
Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha. O Governo encaminhará projeto de
lei à Assembleia Legislativa com a reposição salarial.
Antes de convocar uma assembleia com a categoria para colocar a
contraproposta em votação, no entanto, a Aduern prefere aguardar até ter
a garantia de que o projeto será aprovado pela Assembleia Legislativa.
Enquanto isso, a greve continua até que haja essa garantia.
Greve da UERN.
Gazeta do Oeste.
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