Em encontro nesta quarta no Palácio da Alvorada, com Dilma e
ministros petistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou a
presidente que ela não pode desagradar nenhuma das três principais alas
do PMDB –do vice-presidente Michel Temer e das bancadas da Câmara e do
Senado, lideradas por Eduardo Cunha (RJ) e Renan Calheiros (AL) –na
montagem da sua nova equipe.
Os três disseram a Dilma no início da semana que não indicariam nomes
para a nova composição ministerial, fazendo crescer os temores de que a
sigla poderia abandonar o governo de fato.
A presidente, então, procurou no dia seguinte os líderes das bancadas do partido na Câmara e no Senado.
Em reunião pela manhã com a presidente, o líder do PMDB na Câmara,
Leonardo Picciani (RJ), entregou o nome de sete deputados escolhidos
pela bancada para ocupar dois ministérios.
Para a Infraestrutura, resultado da fusão de Portos com Aeroportos,
foram sugeridos os nomes de José Priante (PA), Mauro Lopes (MG), Celso
Pansera (RJ) e Newton Cardoso Júnior (MG). Para Saúde, Saraiva Felipe
(MG) –já vetado por Dilma–, Marcelo Castro (PI) e Manoel Júnior (PB).
O nome que conta com maior simpatia da petista para a Saúde, segundo
auxiliares e assessores, é o de Manoel Júnior (PB), médico de formação e
aliado de Eduardo Cunha. Em uma entrevista, contudo, ele sugeriu que a
presidente renunciasse, o que deve pesar contra sua escolha.
Lula lá.
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