Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) acionou um alerta:
o programa de transposição das águas pode gerar sérios comprometimentos
ambientais ao rio São Francisco. De acordo com o relatório, obtido pelo
Fato Online, auditores do TCU constataram uma série de irregularidades e
negligencias no PRSF (Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica
do Rio São Francisco). Mesmo antes de concluída a obra de transposição,
os técnicos já perceberam, por exemplo, que a vazão do Velho Chico, como
é chamado, e de seus afluentes, pode estar sendo reduzida por causa da
erosão das suas margens.
O PRSF faz parte do projeto de transposição do rio e tem como meta
realizar ações voltadas para a sustentabilidade socioambiental. Em 2011,
em outra vistoria, o TCU já havia constatado diversas falhas na
execução do programa. E pediu providências. Quatro anos depois, porém,
pouca coisa mudou.
É no São Francisco que o governo executa uma de suas principais
obras. A transposição das águas do rio, que corta os estados de Minas
Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, numa extensão de 2,7 mil
km, é vista como uma solução para as secas constantes no Nordeste. Para
acompanhar o empreendimento, o governo desenvolveu um programa para a
recuperação das áreas degradadas, a conservação e uso racional dos seus
recursos naturais e hídricos, a sua despoluição, entre outras coisas. E,
desde 2001, esse projeto vem sendo acompanhado pelo TCU.
Transposição ou matação!
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