Os delegados da Polícia Federal manifestaram “extrema preocupação”
com a saída do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do cargo,
sobretudo, por temer que a mudança possa influenciar “a pouca, mas
importante, autonomia” da PF.
Em nota, a categoria destaca que “os delegados da Polícia Federal
receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do
Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões
políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal” e “reiteram
que defenderão a independência funcional para a livre condução da
investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a
pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal
conquistou”.
Os delegados também ressaltam que, nesse cenário de grandes
incertezas, “se torna urgente a inserção da autonomia funcional e
financeira da PF no texto constitucional”.
A nota é assinada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia
Federal, que ainda pede no documento “apoio do povo brasileiro para
defender a Polícia Federal”.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo divulgou hoje, 29, a decisão de
Cardozo de deixar o governo foi tomada ontem, 28. A amigos, ele
confidenciou não suportar mais a pressão do PT, seu partido, agravada
depois que a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, passou a investigar
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Diante da decisão do ministro, a presidente Dilma Rousseff está
tentando mantê-lo em outro cargo no governo. Uma das possibilidades é a
transferência do ministro para a Advocacia-Geral da União (AGU), uma vez
que o atual titular da pasta, Luís Inácio Adams, está de saída da
equipe. (Estadão).
Polícia Federal.
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