O Ministério Público Federal (MPF) denunciou hoje (10) 11 pessoas à
7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro por crimes de lavagem de
dinheiro e falsidade ideológica. Eles são acusados pelo MPF de usar
empresas de fachada para emitir notas fiscais frias a grandes
construtoras, como a Andrade Gutierrez, durante as obras dos estádios da
Copa do Mundo de 2014, da Ferrovia Norte-Sul e do Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro (Comperj).
Um dos denunciados pelo MPF, Samir Assad foi preso nesta manhã por
agentes da Polícia Federal, como parte da Operação Irmandade, comandada
pelos procuradores da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro. Ele é
acusado de 223 crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica,
além de organização criminosa. Os agentes da Operação Irmandade cumprem
ainda um mandado de busca e apreensão, em São Paulo. A Operação
Irmandade é um desdobramento da Operação Pripyat, em que foi investigado
desvio milionário nas obras de Angra 3 da Eletronuclear.
Samir é irmão de Adir Assad, que já estava preso e também foi
denunciado. Os dois são acusados de chefiar o núcleo financeiro
operacional responsável pelas empresas de fachada responsáveis pelo
repasse das verbas indevidas para a Andrade Gutierrez.
Denunciados
Outros denunciados hoje foram Marcelo Abbud, que já havia sido preso
junto com Adir Assad, e Mauro Abbud. De acordo com o MPF, as empresas
Legend Engenheiros Associados, SP Terraplenagem, JSM Engenharia e
Terraplenagem e Alpha Taxi Aéreo Ltda usaram recibos falsos para
abastecer o caixa 2 da Andrade Gutierrez em mais de R$ 176 milhões.
Também foram denunciados Sandra Branco Malagó, Sonia Malagó e Raul
Tadeu Figueroa, acusados de ajudar na lavagem de dinheiro, assinando
contratos e recibos falsos pelas empresas de fachada. Os ex-executivos
da Andrade Gutierrez Rogério Nora de Sá, Clóvis Renato Numa Peixoto
Primo, Flávio David Barra e Gustavo Ribeiro de Andrade Botelho também
foram denunciados.
PF.
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