Advogado de Dilma Rousseff no processo de impeachment, José Eduardo
Cardozo disse à sua cliente que o veredicto do Senado lhe permite ser
candidata a qualquer cargo eletivo. No entanto, Dilma disse à amiga
Kátia Abreu (PMDB-TO) que não cogita tentar a sorte nas urnas. “Essa
hipótese de candidatura é inexistente para a Dilma”, declarou Kátia ao
blogue do Josias de Souza. “Ela me disse: ‘Não quero ser candidata a
nada’.”
Acompanhada do marido e do filho, Kátia visitou Dilma na noite de 31
de agosto, horas depois da votação em que os senadores cassaram-lhe o
mandato de presidente. Encontrou-a sozinha. Em tom de brincadeira, Kátia
chegou a convidar Dilma para se candidatar a senadora ou deputada
federal pelo Tocantins. E ela: “Nunca mais!”
Articuladora da fórmula que permitiu cindir a votação do impeachment
em duas partes —primeiro a aprovação da “perda do cargo”, depois a
derrubada da “inabilitação, por oito anos, para o exercício de função
pública”—, Kátia reiterou que o resultado permitirá a Dilma trabalhar no
setor público: “Ela espera receber convites.”
Dilma.
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