Raymundo Costa, do Valor, avalia o potencial destrutivo de Eduardo Cunha:
“A prisão do ex-deputado Eduardo Cunha leva as investigações para o centro do esquema de poder do PMDB da Câmara. Nunca antes o juiz Sergio Moro esteve tão próximo do grupo, cuja figura mais proeminente é o presidente da República, Michel Temer.
O ex-deputado provavelmente tem poder de fogo suficiente para causar
estragos no grupo, o que não significa dizer necessariamente que tenha
munição para derrubar o governo, como diz o PT (…)
Do lado do PMDB, o petrolão era um esquema dos senadores do partido,
como relata Delcídio Amaral em sua delação. Os nomes na vanguarda, até
então, segundo os inquéritos, eram Renan Calheiros, José Sarney e Edison
Lobão. Cunha foi a ponte dos deputados do PMDB com o esquema da
Petrobras”.
O colunista conclui:
“Nem (ou sobretudo) o PT pode ficar tranquilo: o que mais Cunha
insinuou nos últimos dias foi que tem o que contar sobre suas relações
com o governo do PT”.
Explosivo em ação.
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