Restando
exato um ano e meio das eleições de 2018, a oposição ainda não
conseguiu fixar uma candidatura para o governo do Estado. O grupo que
foi derrotado na campanha eleitoral passada, capitaneado pelo
ex-ministro Henrique Alves (PMDB), ensaia alguns nomes para a disputa de
governador, a exemplo dos nomes do prefeito de Natal, Carlos Eduardo
Alves (PDT), e o do desembargador do Tribunal de Justiça do RN Claudio
Santos (ainda sem partido), mas não há projeto fixo ou sendo
desenvolvido.
>> Ruptura. Além de não ter
um nome certo a disputar o governo do Estado em 2018, o grupo político
liderado pelo ex-ministro Henrique Alves apresenta algumas rupturas,
como no caso do deputado estadual Kelps Lima, presidente do
Solidariedade, e de legendas como PR, do ex-deputado federal João Maia, e
PSDB, dos deputados federal Rogério Marinho (PSDB) e estadual Ezequiel
de Souza (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa. Nesses três
exemplos, há distanciamento.
>> Capital político.
Enquanto isso, o governador Robinson Faria continua dedicado ao mandato
administrativo, sem fazer política ainda. Pelo menos a olhos vistos.
Isso não significa que não vá forte para o jogo eleitoral de 2018. O que
o chefe do executivo está fazendo agora, em termos de gestão, se
transformará em capital político.
>> Aberta.
Robinson ainda não armou a sua chapa, composta de um candidato a
vice-governador e de dois a senador. Companheiro leal na campanha e na
administração, não há sinais de que o governador não repita Fábio Dantas
como vice. Pelo contrário, Fábio reforça o palanque de reeleição. Tanto
como estrategista, quanto como político.
>> Jogo jogado.
Segundo analista ouvido pela coluna, o fato de Robinson não ter
apresentado sua composição política está brecando as composições
adversárias. Somente a partir do momento que o líder maior do Estado
apresentar sua chapa completa que o jogo começará a ser jogado de fato.
>> Senado.
Para o Senado, há duas áreas em aberto no sistema governista. Até
agora, o governador não fixou compromisso com nenhum grupo ou nome. Há
pessoas que podem ser convidadas, segundo assessores próximos, mas, da
parte de Robinson, ainda não há nome concreto.
>> Petistas.
O PT deverá apresentar uma candidatura a governador. Especula-se ser a
senadora Fátima Bezerra ou outra liderança. Diante do desgaste do PT, o
propósito do partido poderá ser apenas marcar território nacional,
principalmente se Lula for candidato. No RN a legenda também deseja
retomar a vaga de deputado federal, perdida na eleição passada.
>> O empresário Flavio Rocha, do grupo
Guararapes/Riachuelo, escreve artigo neste domingo, em que cita a Lei de
Terceirização como “essencial” para o Rio Grande do Norte. Voltado para
o foco nacional, onde atua junto a grandes questões federais, chama a
atenção o texto tendo como objeto o Estado. Flavio tem sido citado como
postulante a presidente da República pelo partido Novo. Aqui, há quem
pense que ele poderia disputar o governo estadual. Flávio já foi
deputado federal pelo RN nos idos dos anos 80/90.
Análise interessante.
Alex Viana.
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon