Muita embora tenha sido tratada como um modelo inovador de
reestruturação no atendimento do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, a
nova regulação do maior centro de saúde pública do Rio Grande do Norte
parece não estar surtindo o efeito esperado. Pelo menos é isso que
retratam pacientes que estão buscando atendimentos no local desde que a
situação foi iniciada, em meados do mês passado.
Segundo os
relatos das diversas testemunhas que estão vivendo diariamente o cenário
no hospital, vários pacientes que estão sendo encaminhados para o
Hospital Municipal de Natal por terem seus casos julgados como ‘não
urgentes’ estão voltando para o Walfredo dias depois com seus problemas
agravados pela falta de atendimento (o HMN sofre com a superlotação e
não consegue atender toda demanda que vem recebendo).
A situação,
ainda segundo testemunhas, tem piorado nos últimos cinco dias. Apesar da
seleção rigorosa do Walfredo – atendendo apenas pacientes
politraumatizados ou vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) – tenha
causado diminuição de 14,4% na demanda diária do hospital, o
“desafogamento” está acontecendo em prejuízo da saúde de outros
pacientes. Com base nisso, pessoas influentes na saúde do Estado se
revoltam com o caso, como o presidente do Sindicato dos Médicos
(Sinmed), Geraldo Ferreira.
“Percebemos que depois da implantação
da nova regulação no hospital, o quadro de desassistência por lá não se
alterou. Pelo contrário, isso trouxe uma carga ainda maior de sofrimento
aos pacientes, uma vez que eles só chegam ao Walfredo depois de passar
pelo Hospital Municipal de Natal, que atualmente já está abarrotado de
gente”, criticou. “Desde o início eu não concordei com o fechamento das
portas do Walfredo. Não dá para fazer o que estão fazendo”, reforçou o
sindicalista.
Hospital.
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