A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira a 45ª
fase da Lava-Jato, chamada Operação Abate 2. Na mira está o advogado
Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU),
Aroldo Cedraz. Ele é alvo de mandados de busca e apreensão e também foi
intimado a depor na PF. Os mandados de busca e apreensão são cumpridos
nas cidades de Salvador (BA), Brasília e Cotia, na Grande São Paulo.
Segundo as investigações foram identificados novos interlocutores que
ajudaram a beneficiar a empresa americana Sargeant Marine, fornecedora
de asfalto para a Petrobras. Eles seriam dois advogados que teriam
ajudado o esquema e teriam recebido comissões em contas na Suíça. Também
teria sido detectada a participação de um ex-deputado federal e uma
assistente dele no esquema, que desviou recursos da estatal.
O advogado Tiago Cedraz foi citado pela primeira vez na Lava-Jato
pelo empresário Ricardo Pessoa, da ex-presidente da UTC Engenharia. Ele
afirmou em depoimento à Lava-Jato que obtia informações privilegiadas no
TCU sobre seus contratos com a Petrobras, sendo o advogado seu
intermediário.
O empresário entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) tabela
com anotações de pagamentos de R$ 2,2 milhões ao filho do então
presidente da Corte, Tiago Cedraz. Parte dos valores teria sido paga em
espécie. No fim do ano passado, a Polícia Federal pediu a quebra dos
sigilos bancário e fiscal de Aroldo Cedraz, por suspeita de corrupção e
tráfico de influência.
A PF descobriu vários telefonemas do escritório de Tiago Cedraz para o
gabinete de outro ministro do TCU, Raimundo Carreiro, mas o ministro
argumentou isso não significava que as ligações eram dirigidas a ele ou
que praticou alguma irregularidade.

Filho do TCU.
O GLOBO.
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