A Justiça de São Paulo enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF)
inquérito policial contra o ministro Gilberto Kassab (PSD-SP), titular
da Pasta da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. O caso é
desdobramento da Operação Sinal Fechado, ação policial de 2011 que
desbaratou quadrilha especializada em fraudar convênios e concessões
públicas no Detran do Rio Grande do Norte, incluindo o serviço de
inspeção veicular. Foram colhidos indícios de ramificações do esquema em
outros estados, incluindo São Paulo. O nome de Kassab, que foi prefeito
da capital paulista, apareceu em escutas telefônicas. Os suspeitos
citaram o ex-prefeito ao discutir meios de replicar em São Paulo o
esquema fraudulento.
O inquérito foi distribuído ao ministro Dias Toffoli, que deve pedir
parecer da Procuradoria-Geral da República sobre a instauração de
inquérito no STF. Dias Toffoli é relator de outra apuração sobre crimes
atribuídos à gestão de Kassab também na área do Detran. Além disso, o
ministro é alvo de dois inquéritos que são desdobramentos da Operação
Lava Jato.
Procurada por EXPRESSO, a assessoria de Kassab afirmou que o ministro
ainda não foi notificado sobre a remessa ao Supremo de mais essa
investigação e que ele “prestará todos os esclarecimentos necessários
para que não restem dúvidas sobre a lisura de sua conduta. O ministro já
foi absolvido de contratação de serviços de inspeção veicular em
sentença definitiva na Justiça Estadual, proferida pelo Tribunal de
Justiça de São Paulo, analisando o mérito das denúncias e afastando
envolvimento em irregularidades”.
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