O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou na quarta-feira o pedido de
habeas corpus de Henrique Eduardo Alves. O ex-deputado do PMDB e
ex-ministro do Turismo de Dilma Rousseff e Michel Temer teve a prisão
preventiva decretada em junho deste ano pelas operações Manus e Sépsis,
ambas desdobramentos da operação Lava-Jato.
O pedido de habeas corpus negado é referente às investigações da
operação Sépsis, na qual o peemedebista é acusado de obter valores
ilícitos de empresas para a liberação de recursos do Fundo de
Investimentos do FGTS (FI-FGTS) e de remeter esse dinheiro ilegal para o
exterior.
Ao negar o pedido de soltura, o ministro do STJ Rogério Schietti Cruz
alegou os mesmos argumentos apresentados pelo juiz de primeira instância
na ocasião do pedido de prisão: se fosse solto, Henrique Eduardo Alves
poderia movimentar as contas bancárias no exterior que ainda não foram
identificadas, impedindo a possibilidade de bloqueio do dinheiro
recebido ilicitamente. Em contrapartida, a defesa alega que todas as
contas em nome do réu já foram bloqueadas e estão sob investigação pelas
autoridades suíças.
O ministro Rogério Schietti solicitou informações à Justiça Federal
sobre os fatos alegados na petição inicial do habeas corpus e a
manifestação do Ministério Público Federal (MPF). O mérito do pedido
será julgado pela Sexta Turma, com a relatoria de Schietti. Enquanto
isso, o peemedebista segue preso em Natal-RN.
Alves nas grades.
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