O governador catalão, Carles Puigdemont, anunciou em uma sessão do
Parlamento nesta terça-feira, 10, a independência da região, em desafio à
Espanha, mas pediu negociações com o governo central. Durante seu
pronunciamento, o líder suspendeu o efeito do plebiscito do dia 1.º de
outubro para possibilitar diálogo com Madri. “Nosso governo não se
distanciará da democracia”, ressaltou ele. A separação é considerada
ilegal pelo governo espanhol.
“Nada, nem a violência, impediu o
plebiscito”, disse Puigdemont, e enviou seus sentimentos aos
manifestantes que forem feridos no dia da votação, realizada no dia 1.º.
Ele também ressaltou a importância de desescalar a tensão. “Nenhuma
instituição espanhola está aberta a falar sobre o nosso futuro. (…) A
relação que temos com a Espanha hoje não funciona.”
A região vive
há três anos campanhas intensas pela separação e protestos nas ruas. Em
meio às tentativas de Madri de barrar o movimento, a polícia da Espanha
chegou a anunciar que estaria pronta fora do Parlamento para prender
Puigdemont, caso ele declarasse independência.
Antes do
pronunciamento, o porta-voz do governo espanhol havia pedido a
Puigdemont para “não fazer nada irreversível”. “Quero pedir ao senhor
Puigdemont que não faça nada irreversível, que não siga nenhum caminho
que não tenha volta, que não leve a cabo nenhuma declaração unilateral
de independência, que volte à legalidade”, disse Íñigo Méndez de Vigo.
“A
Europa já disse com toda a clareza que não aceitará uma declaração de
independência da Catalunha”, afirmou ele, em referência às declarações
de líderes europeus em apoio ao governo do premiê Mariano Rajoy.
Catalunha.
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