Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira(26), a Polícia
Federal afirmou que o ex-ministro do Turismo, Henrique Alves (PMDB),
mesmo preso desde o dia 6 de junho, comandava um esquema de ocultação de
bens e fraude de licitações, por meio de assessores e pessoas ligadas a
ele. Os investigadores afirmaram que um grupo de pessoas ligadas ao
ex-ministro continuava realizando fraudes em licitações de prefeituras
do interior do Rio Grande do Norte. A PF informa que foram cumpridos
mandados de busca em cinco municípios potiguares.
“Depois da deflagração da Operação Manus (em junho), nós percebemos
que o ex-deputado federal passou a ter duas condutas. A primeira é que
ele estava articulando com seus assessores diretos a ocultação de seus
bens, ou seja, um crime de lavagem de dinheiro. Percebemos uma segunda
conduta, com base também nesses assessores, que era articulação junto a
prefeituras do Rio Grande do Norte, no direcionamento de licitações”,
afirmou o delegado da PF, Oswaldo Scalezi Júnior, durante coletiva sobre
a operação Lavat, deflagrada na manhã desta quinta-feira (26) no RN e
em Brasília.
Segundo a Polícia Federal, os contratos envolviam recursos de
convênios com o Governo Federal. Somadas, as obras custariam cerca de R$
5,5 milhões, porém os investigadores ainda não identificaram qual seria
o percentual da propina dividida entre os beneficiários e o próprio
ministro.
Em outra frente, as investigações apontam que Henrique Alves estaria
ocultado seus bens, por meio da transferência deles para pessoas
próximas, ou mesmo em simulações de venda e compra. Para os
investigadores, o ex-ministro queria esconder o patrimônio da Justiça.
Na operação, foram presos um funcionário do Ministério do Turismo e
dois assessores de Henrique Alves. Ao todo, foram cumpridos 27 mandados,
sendo três de prisão, dois de condução coercitiva e o restante de busca
e apreensão.
Henrique Alves.
Registe-se aqui com seu e-mail

.gif)


ConversãoConversão EmoticonEmoticon