Primeira Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2.ª
Região (TRF2) vai decidir se manda prender os deputados estaduais do
PMDB do Rio Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. O Ministério
Público Federal, na 2.ª Região, pediu a prisão e o afastamento dos
peemedebistas dos cargos na Assembleia Legislativa do Rio. Os
parlamentares estão na mira da Operação Cadeia Velha, desdobramento da
Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira, 14.
Picciani, Melo e
Albertassi têm foro por prerrogativa de função perante o Tribunal. O
Ministério Público Federal sustenta que os crimes atribuídos aos
peemedebistas ‘são inafiançáveis, que os deputados seguem em flagrante
delito, sobretudo de associação criminosa e lavagem de ativos, e que não
é preciso a Assembleia avaliar suas prisões’.
“Os requeridos
(Picciani, Melo e Albertassi) vêm contribuindo diuturnamente para a
violação da paz pública e promovendo processos de lavagem de dinheiro,
de modo que o estado de flagrância é manifesto. Não é ilógico defender
que, no combate à criminalidade organizada, é de suma importância a
intervenção externa, com o fim de neutralizar o grupo ou, ao menos,
diminuir os seus efeitos lesivos”, afirmam os procuradores regionais da
República Andréa Bayão, Carlos Aguiar, Mônica de Ré, Neide Cardoso de
Oliveira e Silvana Batini.
“Por esta razão é que se anseia a
urgente e imediata aplicação de medida de autodefesa da sociedade,
proporcional aos injustos praticados, como a captura, a condução
coercitiva e a respectiva lavratura de prisão em flagrante delito dos
integrantes da organização criminosa.”
Em nota, o Tribunal afirmou
que o desembargador federal Abel Gomes entendeu que os pleitos do
Ministério Público Federal devem ser analisados pela Primeira Seção
Especializada do TRF2, da qual o magistrado faz parte. Segundo nota da
Corte Federal, Abel Gomes mandou oficiar o presidente do colegiado,
pedindo a convocação de sessão extraordinária, ‘com a urgência que a
natureza dos requerimentos requer’.
A Primeira Seção Especializada
tem sessões ordinárias na quarta quinta-feira de cada mês. O próximo
encontro da Seção será no dia 23 de novembro.
Em manifestação à
Corte Federal, os procuradores apontam uma ‘uma inegável situação de
permanência das práticas delituosas’ dos deputados. Segundo a
Procuradoria, o ‘usufruto de bens e valores originados de vantagens
indevidas obtidas ao longo das últimas décadas são mantidos ocultos ou
dissimulados aos olhos da fiscalização e do Sistema Financeiro
Nacional’.
“A hipótese é, portanto, de genuíno flagrante próprio de crimes permanentes”, afirma a Procuradoria.
No
documento, os procuradores destacam a ‘imprescindibilidade da atividade
política para o desenvolvimento social e para a manutenção do Estado de
Direto’. Alertam no entanto, que ‘ao longo da titularidade de seus
mandatos, a atuação política de Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi
sempre foi dissimulada, pautando-se pela priorização dos seus
respectivos objetivos, políticos e financeiros, em detrimento do
interesse público’.
“Importante ressaltar que não se busca aqui
superar os cânones da separação dos poderes, caros às repúblicas
democráticas. Nem mesmo desafiar a discricionariedade dos agentes
públicos nas indicações de postos estratégicos. Mas o momento não é para
ingênuos. Nem para tibiezas”, argumentam.
Picciani.
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2 comments
Escrever commentsIsso precisa acabar,pq a população ta sendo prejudicada
ResponderIsso tem mesmo q acabar,ta prejudicando toda população do conjunto referido,eu sou das prejudicadas,
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