A senadora Fátima Bezerra disse que recebeu com indignação o anúncio
do governo de Michel Temer de que não cumprirá a promessa de repassar os
R$ 2 bilhões do chamado Auxílio Financeiro aos Municípios (AFM) ainda
este ano. O montante deveria ter sido disponibilizado às prefeituras
desde ontem, segundo assegurara o próprio governo, mas um revés dando
conta de que a operação não seria possível via Medida Provisória foi
anunciado pelos auxiliares de Temer. A senadora questiona a
justificativa do Planalto.
“Somente agora, nos 45 minutos do segundo tempo, o governo ilegítimo
informa aos prefeitos que não cumprirá com sua palavra. Essa história de
que o repasse será impossível via MP e que somente após o recesso
parlamentar vai ser possível executar uma nova operação tem dois nomes:
chantagem e reforma da previdência”, criticou a senadora. Ela acredita
que o governo Temer vai tentar pressionar os parlamentares a votarem
favoráveis à reforma da previdência condicionando-a ao repasse às
Prefeituras. “Essa desculpa de inviabilidade técnica nós do RN já
conhecemos”, acrescentou a senadora, referindo-se ao não repasse dos R$
600 milhões garantidos pelo governo federal ao estado e inviabilizados
sob a justificativa de defeito técnico.
Com a negativa do governo federal em não liberar a ajuda financeira
em 2017, muitas prefeituras do Rio Grande do Norte irão fechar o ano com
o balanço negativo. Eram esperados R$ 49,58 milhões, a serem
distribuídos entre os 167 municípios do estado. Os recursos do AFM
seriam utilizados, entre outras coisas, para fechar folha de pessoal. “O
resultado disso é mais salários atrasados, inadimplência junto aos
prestadores de serviços, entre outras dificuldades”, assinalou a
senadora.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) em conjunto com a Frente
Parlamentar Mista em Defesa dos Municípios e o movimento municipalista
brasileiro manifestam repúdio aos encaminhamentos anunciados pelo
governo federal em relação ao Auxílio Financeiro aos Municípios de 2017.
“O movimento municipalista recebe com muita indignação a informação
de que o repasse pactuado e anunciado repetidas vezes pelo presidente da
República, Michel Temer, não será repassado no exercício de 2017”,
disse a nota da CMN.
Fátima Bezerra na pauta.
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