G1/RN: Oitenta
pacientes estão em macas espalhadas no chão e corredores do Walfredo
Gurgel, maior hospital público do Rio Grande do Norte. A situação ficou
tão crítica que a diretora da unidade chegou a recomendar, no fim de
semana, que as pessoas ficassem em casa para evitar acidentes nem serem
vítimas da violência. Tudo porque, segundo Fátima Pinheiro, o hospital
não tem condições de prestar atendimento. Nesta terça-feira (20),
completa 100 dias que os servidores da saúde estão em greve.
“É sério, procede, mas graças a Deus ele está bem. Foi fratura só de membro superior. Tá estável. Até porque a situação do Walfredo tá terrível, não tem uma única sala desocupada. Vinte e um pacientes dentro do centro cirúrgico com todas as salas ocupadas. Então, é pedir a Deus que todo mundo fique em casa. Porque o centro cirúrgico do Walfredo, neste exato momento, estão me dizendo que está sem condições de entrar ninguém para fazer cirurgia”.
As palavras acima foram ditas por Fátima Pinheiro, neste final de
semana, ao falar do estado de saúde de um médico que foi baleado durante
um assalto ocorrido no domingo (18) em uma granja na zona rural de
Macaíba, na Grande Natal. O áudio, gravado pela diretora, foi postado em
uma rede social.
Dona Josília, com uma fratura no braço, espera há 5 dias por uma
cirurgia que não tem previsão de acontecer. “O médico disse que meu osso
esfarelou. Então, eu achava que ia logo ser atendida”, reclamou. Ela
está entre os 80 pacientes que aguardam procedimentos em macas
espalhadas pelo hospital.
A maioria dos pacientes vem da ortopedia e da cirurgia vascular. E,
ainda segundo a direção, o problema de superlotação se agravou por causa
da greve, que também atinge os hospitais que dão suporte ao Walfredo,
como é o caso do Hospital Regional Deoclécio Marques, de Parnamirim.
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