A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, anunciou nesta quinta-feira (21) o arquivamento de uma investigação aberta no ano passado para apurar menções a ministros da Corte em gravações de executivos da JBS.
Numa conversa entregue à Procuradoria-geral da República (PGR), em
acordo de delação premiada, o empresário Joesley Batista e o diretor
Ricardo Saud falaram sobre possível tentativa de gravarem o ex-ministro
da Justiça José Eduardo Cardozo para que ele “entregar” ministros da
Corte.
Após a revelação da conversa, a ministra Cármen Lúcia mandou a Polícia
Federal abrir investigação sobre as menções. Nesta quinta, a presidente
do STF informou que o relatório final da investigação não apontou nenhum
indício de participação de ministros em atos ilícitos.
“Não houve, não há qualquer dúvida que tenha sido extraída de qualquer
documento sobre qualquer conduta de qualquer ministro”, afirmou, na
abertura da sessão de julgamentos.
Cármen Lúcia determinou a investigação em setembro do ano passado,
depois que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot informou que
gravações feitas por Joesley Batista citavam ministros do Supremo.
No diálogo entre Joesley e Saud, ocorrido em março de 2017, segundo a
PGR, eles também discutem uma forma de se aproximarem de Janot, por
intermédio do ex-procurador Marcello Miller.
A suposta orientação prestada por Miller aos executivos levaram a PGR a rescindir o acordo de delação, por suposta omissão da ajuda, sujeitando os delatores a punições – a perda dos benefícios ainda não foi decidida pelo STF.
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