Brasil registrou em 2018 aumento de 194,4%
no número de mortes por gripe em relação ao mesmo período de 2017:
foram 839 mortes por influenza esse ano, contra 285 mortes no ano
anterior. Ambos os períodos consideram dados contabilizados pela
Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde até a segunda quinzena de julho.
O
número de mortes vai na esteira do aumento do número de casos em 2018.
No total, foram 4.680 infecções em todo o país esse ano até julho,
contra 1.782 em 2017.
Além
dos números, uma diferença entre os dois anos pode ser observada nos
tipos e subtipos de vírus que estão sendo a causa das infecções: em
2018, a maioria dos casos (60%) foram provocados pelo subtipo H1N1 do
vírus influenza; já em 2017, a maior parte dos casos (73,7%) foi
provocada pelo influenza A (H3N2).
O
vírus influenza é dividido em tipos, subtipos e linhagens. Todas essas
variações correspondem a diferenças encontradas no material genético do
vírus.
Em
2018, o H1N1 também é responsável pela maior parte das mortes (67,5%):
com 567 óbitos. Segundo o Ministério da Saúde, o H1N1 é o vírus que
atualmente mais circula no território brasileiro e, por isso, o maior
número de infeccões e óbitos.
A
pasta também registrou 335 casos e 46 mortes por influenza B em 2018.
Já o influenza A não subtipado, foi responsável por 541 casos e 86
óbitos. Entre os estados, diz o ministério, o maior número de casos em
2018 ocorreu em São Paulo (1.702), Ceará (376), Paraná (432) e Goiás
(378).
Com
campanha da gripe realizada desde maio, o Minsitério da Saúde informa
que conseguiu atingir 90% do público-alvo. No total, o Brasil vacinou
51,4 milhões de brasileiros.
No
entanto, o grupo de gestantes e de crianças (entre seis meses e cinco
anos) continuam com cobertura vacinal abaixo do esperado, com 77,8% e
76,5% de vacinados, respectivamente.
Os
estados com as taxas mais baixas de vacinação contra a gripe são
Roraima, com 67,1%, Rio de Janeiro, com 77,9% e Acre, com 79,1%.
No
total, 17 estados atingiram a meta: Goiás (106,7%), Ceará (104,3%),
Amapá (100,3%), Distrito Federal (98,2%), Espírito Santo (97%),
Pernambuco (96,3%), Tocantins (96,2%), Alagoas (94,7%), Minas Gerais
(94,8%), Mato Grosso (94%), Maranhão (94,2%), Paraíba (93,3%), Rio
Grande do Norte (92,9%), Sergipe (92,9%), Paraná (92,5%), Piauí (91,6%) e
Mato Grosso do Sul (90,9%).
Gripe na pauta.
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