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* MPRN prende ex-tabelião substituto suspeito de desvio de dinheiro em cartório da Grande Natal.

G1/RN: m homem foi preso nesta terça-feira (24) suspeito de desvio de dinheiro público do cartório único de Extremoz, cidade da Grande Natal. A prisão preventiva é um desdobramento da Operação Senhorio, deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte em abril. O ex-tabelião substituto deve responder por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. 

A namorada do ex-tabelião e uma funcionária da empresa dele também foram denunciadas. Os três tiveram os bens sequestrados e as contas bancárias bloqueadas pela Justiça potiguar. De acordo com as investigações do MP, o trio desviou dinheiro público, se apropriando de R$ 83.516,36 entre os meses de agosto de 2017 e abril deste ano. 

Se aproveitando do cargo de tabelião substituto do cartório único de Extremoz, o homem transacionava com usuários do serviço público negociando a confecção de certidões e escrituras. Ao repassar os valores das taxas e emolumentos aos usuários do serviço, ele solicitava que a transferência ou depósito do dinheiro correspondente fosse realizado na conta bancária da namorada, que não ocupa nenhum cargo no cartório mas, pelo o que foi apurado pelo órgão, cedeu os dados pessoais para abertura da conta bancária para o desvio do dinheiro público. 

Já a funcionária ajudava a encobrir o desvio das taxas e emolumentos. Ela trabalhava no cartório, porém possui vínculo empregatício apenas com a empresa do ex-tabelião. Os valores desviados pelos três não entravam na contabilidade do cartório único de Extremoz. Da mesma forma, não há registro dos atos cartoriais que foram pagos. 

Durante a investigação, foi verificada a negociação de carros luxuosos, quadriciclos e gados em nome da namorada do ex-tabelião. Para o MPRN, essas aquisições serviram para branquear os valores recebidos ilicitamente. Também para tentar legalizar o dinheiro subtraído, foi constituída em 21 de dezembro do ano passado uma empresa, registrada no nome da namorada, mas cuja administração era exercida integralmente pelo ex-tabelião. A empresa foi aberta após o início das investigações. 
Cartório na pauta.
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