Em convenção nacional, o PT confirmou neste sábado (4), na capital
paulista, a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da
República. A escolha foi por aclamação.
O partido não decidiu quem será o vice na chapa com Lula. Na
convenção, ficou definido que serão realizadas caravanas saindo de todos
os estados até Brasília no dia 15 de agosto, prazo final para
apresentação de pedidos de registro de candidaturas ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba,
desde 7 de abril, após ter sido condenado a 12 anos e um mês de prisão
por corrupção e lavagem de dinheiro, em segunda instância, no caso do
triplex de Guarujá.
Lula encaminhou uma carta para ser lida durante a convenção. No
texto, ele afirma que a democracia está “ameaçada”. “Agora querem fazer
uma eleição presidencial de cartas marcadas, excluindo o nome que está à
frente na preferência popular em todas as pesquisas”, diz.
O ex-presidente afirmou ainda que confia no reencontro com a
militância. “De onde me encontro, estou sempre renovando minha fé de que
o dia do nosso reencontro virá, pela vontade do povo brasileiro”.
O comado do PT aguarda a análise do registro da candidatura de Lula.
Caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) dar a palavra final sobre a
prisão de Lula e se ele estará apto a concorrer, já que a Lei da Ficha
Limpa impedi candidaturas de condenados em segunda instância. O
julgamento é esperado para os próximos dias.
O PT divulgou ontem (3) os pilares do programa para o “Próximo
Governo Lula (2019-2022)” que reúne cinco eixos. São eles: “soberania
nacional e popular na refundação democrática do Brasil”; “promover um
novo período histórico de afirmação de direitos”, “novo pacto federativo
para promoção dos direitos sociais”, “promover um novo modelo de
desenvolvimento” e “transição ecológica para a nova sociedade do século
XXI”.
Lula preso e candidato, nossa.
Agencia Brasil.
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