O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira, 18, que não vai dar indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato.
"Lula é o primeiro a dizer que não quer favor, quer reconhecimento do
erro do Judiciário". Pressionado, Haddad, pela primeira vez, negou:
"Não. Não ao indulto", disse, em entrevista à Rádio CBN e ao portal G1.
Questionado se
colocaria Lula em um ministério, Haddad desconversou. "Acho essa
pergunta muito pequena para um cara da estatura do Lula. Ele só aceitou
ser ministro da Casa Civil (em 2016) porque estávamos prevendo
que um golpe de Estado aconteceria como aconteceu", disse, em relação ao
impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
O candidato disse ainda que apoiaria Ciro Gomes
(PDT) em um segundo turno, assim como receberia apoio do adversário. "O
Brasil está correndo risco de entrar numa nova aventura. Eu gosto do
Ciro, sou amigo dele, pretendo estar junto com ele nessa caminhada. Não
deu no primeiro turno. Nós pertencemos ao mesmo campo político contra
esse obscurantismo que hoje está vigente no País", afirmou.
Petrobrás
Ao falar da política de preços da Petrobrás
e das consequentes altas nos combustíveis - o querosene de aviação, por
exemplo, superou os R$ 3,30 e já está cotado no maior valor desde 2002
-, Haddad citou o governo de seu padrinho político, dizendo que na sua
gestão o País teve uma política de preços que levava em conta a
rentabilidade da Petrobras e também os seus custos.
Haddad ninguém acredita.
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