A corregedoria do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), o
órgão que fiscaliza e controla as atividades de procuradores e
promotores, deve apurar eventuais irregularidades na atuação de alguns
deles contra políticos que disputam a campanha eleitoral.
Em um memorando encaminhado ao órgão, Luiz Fernando Bandeira de
Mello, conselheiro do CNMP, cita ações propostas contra os
presidenciáveis Fernando Haddad, do PT, Geraldo Alckmin, do PSDB, e a
prisão do ex-governador e candidato ao Senado pelo Paraná, Beto Richa
(PSDB-PR).
Mello quer que sejam analisados “o tempo decorrido entre a suposta
prática dos crimes delituosos e a propositura das ações”, para saber se
elas foram aceleradas para causar “eventual impacto nas eleições”.
No pedido de averiguação, o conselheiro diz ser “evidente” que um
promotor deve ajuizar uma ação se ela, “por acaso”, estiver concluída “à
época da eleição”. “Mas também não pode reativar um inquérito que
dormiu por meses ou praticar atos em atropelo apenas com o objetivo de
ganhar os holofotes durante o período eleitoral”, afirma.
E o CNMP abriu um processo disciplinar contra o promotor Fernando
Krebs, de Goiás, que chamou o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo
Tribunal Federal), de “maior laxante do Brasil”.
Krebs já responde a queixa-crime apresentada contra ele pelo
magistrado. Em sua defesa, o promotor afirma que exerceu apenas o seu
direito à liberdade de expressão e à crítica.
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