O ex-ministro Antonio Palocci entregou à Justiça 19 tipos distintos
de documentos para comprovar o que foi relatado em sua colaboração
premiada. Em petição preparada por sua defesa, ele pede os benefícios
concedidos a delatores — que incluem a redução da pena. O documento foi
endereçado ao desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, responsável pela segunda instância da Lava Jato.
No processo, que teve o sigilo de alguns anexos derrubado nesta
quarta-feira (10), os advogados de Palocci listam 19 provas entregues às
autoridades para corroborar tudo o que delatou à Polícia Federal. Entre
eles estariam dois contratos fictícios, notas fiscais, emails, extratos
bancários, comprovantes de rastreadores veiculares e agenda virtual de
sete anos com mais de 7.000 páginas.
A defesa ainda ressalta que o ex-ministro, que já foi um dos homens
fortes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, saiu da cela 63 vezes
e ficou à disposição da PF por 141 horas durante o período de
comprovação das provas.
Preso desde setembro de 2016, o ex-ministro foi inicialmente
condenado a 12 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. Ele se encontra detido na
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, mesmo prédio onde se
encontra Lula. O recurso da condenação será julgado no dia 24 deste mês.
Em 1º de outubro, o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava
Jato no Paraná, quebrou o sigilo de parte do acordo de colaboração de
Palocci com a PF. Em um dos anexos, o ex-ministro relata que Lula estava
ciente de esquemas de corrupção na Petrobras desde 2007 e que as
campanhas que elegeram Dilma Rousseff à Presidência em 2010 e 2014
teriam custado mais que o dobro do valor declarado ao Tribunal Superior
Eleitoral.
Palocci pra terminar de matar o "PT".
Folhapress
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