O presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou na noite desta quinta-feira o filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez
como futuro ministro da Educação. A indicação de Rodríguez, professor
Emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército, foi feita por
meio do Twitter, assim como Bolsonaro fez com os integrantes do primeiro
escalão do governo que começa em janeiro.
Vélez Rodríguez se formou em Filosofia pela Universidade Pontifícia
Javeriana em 1964, graduou-se em Teologia no Seminário Conciliar de
Bogotá em 1967, concluiu o mestrado em Filosofia pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 1974, e o doutorado
em Filosofia pela Universidade Gama Filho em 1982.
Professor associado da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o futuro ministro é autor de A Grande Mentira – Lula e o patrimonialismo petista, publicado em 2015. Em seu perfil no Facebook, refere-se a petistas como “mortadelas” e “petralhas”.
Indicado por Olavo de Carvalho
Ricardo Vélez Rodríguez mantém um blog chamado “Rocinante”,
referência ao nome do cavalo de Dom Quixote de la Mancha, do clássico de
Miguel de Cervantes, “um espaço para defesa da Liberdade, da forma
incondicional em que Dom Quixote fazia nas suas heroicas empreitadas”.
Em uma postagem datada do dia 7 de novembro e intitulada “Um roteiro
para o MEC”, Vélez Rodríguez afirma que seu nome foi indicado a
Bolsonaro, entre outros, pelo filósofo Olavo de Carvalho, conselheiro do
presidente eleito e guru de seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo
Bolsonaro.
“Amigos, escrevo como docente que, através das vozes de
algumas pessoas ligadas à educação e à cultura (dentre as quais se
destaca o professor e amigo Olavo de Carvalho), fui indicado para a
possível escolha, pelo Senhor Presidente eleito Jair Bolsonaro, como
ministro da Educação”, escreveu.
No mesmo texto, o indicado à pasta diz que vê uma “tarefa
essencial” ao Ministério da Educação: “recolocar o sistema de ensino
básico e fundamental a serviço das pessoas e não como opção burocrática
sobranceira aos interesses dos cidadãos, para perpetuar uma casta que se
enquisitou no poder e que pretendia fazer, das Instituições
Republicanas, instrumentos para a sua hegemonia política”.
Ainda em seu blog, o filósofo defende o polêmico projeto Escola sem Partido,
que tem apoio de Bolsonaro e pretende combater suposta doutrinação
política dentro das salas de aula. “Escola sem partido. Esta é uma
providência fundamental. O mundo de hoje está submetido, todos sabemos, à
tentação totalitária, decorrente de o Estado ocupar todos os espaços, o
que tornaria praticamente impossível o exercício da liberdade por parte
dos indivíduos”, observa em um texto divulgado em 5 de setembro de
2017.
Esse é contra o PT com força, fica a dica.
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