O presidente eleito, Jair Bolsonaro, não descartou a possibilidade de indicar mais militares para o cargo do primeiro escalão de seu governo.
“É possível. Quando o PT escalava terrorista, ninguém falava nada”, respondeu ao ser questionado sobre a possibilidade.
Nesta segunda-feira (27), ele indicou o quinto militar como ministro
de governo, o ex-diretor do DNIT Tarcísio de Freitas. Ele, que
atualmente é coordenador do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos),
já foi engenheiro do Exército, instituição que deixou quando era
capitão.
Além dele, Bolsonaro já escolheu um
general da reserva para seu vice, Hamilton Mourão e outros dois para
ministérios que ficam no Palácio do Planalto: Augusto Heleno, para o GSI
(Gabinete de Segurança Institucional) e Carlos Alberto dos Santos Cruz,
como chefe da Secretaria de Governo.
Santos Cruz vai compartilhar com o futuro ministro da Casa Civil,
Onyx Lorenzoni, o trabalho de fazer a interlocução do Executivo com o
Congresso.
A medida foi vista como arriscada por pessoas próximas ao presidente
eleito, já que normalmente o posto de articulador é ocupado por alguém
com experiência na atividade parlamentar.
Entre militares, o capitão reformado do Exército escolheu ainda o
astronauta Marcos Pontes para a pasta de Ciência e Tecnologia, que é
tenente-coronel da Aeronáutica. Para a Defesa, que seria inicialmente
ocupada por Heleno, ele indicou o general da reserva Fernando Azevedo e
Silva.
O presidente eleito disse que o desenho final de seu governo pode ser definido na quarta (28), quando deve ser anunciado o futuro ministro de Meio Ambiente.
“Apesar de eu ser verde, não vai ser militar”, disse.
Essa guerra vai pegar...
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