A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (28) o projeto que
permite a concessão de prisão domiciliar a grávidas e a mães de pessoas
com deficiência.
Com a aprovação, o projeto seguirá para sanção do presidente Michel Temer.
A proposta altera o Código de Processo Penal e prevê alguns requisitos para a concessão do direito, entre os quais:
a mulher não pode ter cometido crime com violência ou grave ameaça à pessoa;
o crime cometido pela mulher não pode ter sido contra o filho ou dependentes.
O texto também altera a Lei de Execuções Penais para prever os requisitos para a progressão do regime de cumprimento de pena.
A proposta determina que a mulher presa mãe ou responsável por
crianças ou pessoas com deficiência deverão cumprir os seguintes
critérios:
não ter cometido crime com violência ou grave ameaça à pessoa;
o crime cometido não pode ter sido contra seu próprio filho ou dependentes;
ela deve ter cumprido, pelo menos 1/8 da pena no regime em que está atualmente;
deve ser ré primária e ter bom comportamento carcerário;
não ter integrado organização criminosa.
A progressão do regime poderá ser revogada se a mulher cometer crime doloso ou falta grave.
Reabilitação de agressores
Os deputados também aprovaram outro projeto apoiado pela bancada
feminina: a proposta que inclui, como medida protetiva às vítimas de
violência, a frequência do agressor a um centro de educação e de
reabilitação.
Será possível ainda o acompanhamento psicossocial do agressor, por atendimento individual ou em grupos de apoio.
Como os deputados alteraram o projeto que veio do Senado, o texto
deverá retornar para análise dos senadores, antes de seguir para a
sanção presidencial.
Plenário...
G1
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