Após angústia e pânico, já se encontra atracado no Porto de Natal o
barco Oceano Pesca I que sofreu ataque da embarcação chinesa Chang Rong 4
em alto-mar na última quinta-feira (22). A embarcação de uma empresa de
pesca de atum que atua no Rio Grande do Norte chegou por volta das 3h
deste domingo (25). Os 10 integrantes da tripulação conseguiram
sobreviver e não afundaram pelo fato do barco ser feito de aço. O
empresário e proprietário do Oceano Pesca I, Everton Padilha, foi
esperar a tripulação chegar e já afirmou desde sexta-feira que a
assessoria jurídica da empresa está tomando as providências para fazer
boletim de ocorrência na Polícia Federal na segunda-feira. O barco foi
atacado a 600 quilômetros da costa potiguar. O local fica a cerca de 100
milhas ao sul de Fernando de Noronha, já em águas internacionais.
O barco potiguar deve passar por uma perícia da Marinha do Brasil,
através da Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte, que já se
pronunciou afirmando que tomou conhecimento do incidente de navegação. A
Marinha também informou que foi instaurado um inquérito pela Capitania
dos Portos para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do
incidente, bem como instruir ações nas instâncias adequadas.
A disputa pela área de pesca de atum é o que tem gerado esses
ataques. Segundo o empresário da Oceano Pesca I, Everton Padilha, é uma
verdadeira guerra pelo controle da área. “São barcos de muitos países
disputando o território. São chineses, japoneses, tailandeses e em
barcos enormes e por isso acham que chegando nessas grandes embarcações
têm o controle”, ressaltou. O barco brasileiro atacado possui 22 metros
de comprimento e o prejuízo que o proprietário teve foi de cerca de R$
500 mil. “A nossa assessoria jurídica vai fazer boletim de ocorrência na
Polícia Federal, vamos acionar o Ministério de Relações Exteriores”,
destacou o empresário.
OP9
Guerra do ATUM na pauta.
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