Candidatos à Presidência da República derrotados no primeiro turno,
Marina Silva (REDE) e Ciro Gomes (PDT) se reuniram hoje para traçar uma
estratégia comum em relação ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). Após a
reunião, Marina disse, nas mídias sociais, que os dois falaram sobre “o
desafio de uma oposição democrática, que seja comprometida com o
desenvolvimento sustentável, a defesa das instituições e do interesse
nacional”.
Ciro Gomes afirmou ter conversado com Marina sobre “o futuro do
Brasil, principalmente em relação à defesa da institucionalidade
democrática, dos interesses nacionais e da pauta das populações mais
vulneráveis”. O encontro aconteceu na sede da REDE, em Brasília, por
sugestão do pedetista. Além dos dois, estava o coordenador da REDE,
Bazileu Margarido.
Antes do encontro, Ciro participou de um almoço com a bancada federal
do PDT, convocado pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi. Ele
fez um balanço das eleições e reafirmou que o partido fará oposição ao
governo Bolsonaro.
Segundo nota publicada no portal do PDT, Lupi afirmou que o partido
tem de se manter na oposição e construir a candidatura de Ciro a
presidente em 2022. “Temos que ter a compreensão do processo que o país
vai viver. Não podemos nos afastar nem um segundo das decisões que serão
tomadas, porque sabemos que, os que mais precisam, serão os que mais
vão sofrer. E são ele que nós representamos”, afirmou.
Depois de agradecer o apoio de todos, Ciro se colocou à disposição do
partido para projetos futuros e cobrou uma posição de vigilância do PDT
em relação ao futuro governo. “Temos a obrigação de ficar vigilante em
relação ao governo que se inicia em janeiro. Tem muita gente ali que eu
conheço há anos, e sei que o povo passa longe da prioridade deles”,
afirmou Ciro, que se disse “um soldado do partido”.
Reunidos na pauta.
Agência Brasil
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