O MDB está 'fechado' com o futuro Governo de Jair
Bolsonaro (PSL), sem a contrariedade do presidente eleito. É um pacto
sigiloso de não agressão, neutralidade e - por ora, claro - sem
ministérios envolvidos. Bolsonaro sabe que precisa da bancada do MDB no
Congresso para sua governabilidade. Os caciques não pediram, mas é
provável que mantenham cargos importantes no setor elétrico. O acordo
envolve apoio da bancada a projetos de Bolsonaro que se identifiquem com
a pauta emedebista. A senha para o apoio será a liberação da bancada
para votações polêmicas, sem fechar questão.
Amigo, nem tanto
O presidente Michel Temer e o sucessor se falam muito
bem, discretamente. E vai bem a parceria na transição. Mas nada de cargo
ou embaixada para Temer em 2019.
Sem terremotos
O mercado reparou o silêncio ensurdecedor e republicado
do futuro presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Isso é
elogiado pelo staff de Bolsonaro.
Luz em mim
Já alguns pavões anunciados como ministros ou em cargos
importantes são monitorados pelo presidente eleito quando vão à TV e
dão entrevista a jornais. Está 'pegando' mal.
Tamanho do posto
Uma raposa política notou as sucessivas e diárias
citações de Bolsonaro a Paulo Guedes e a carta branca que dá ao seu
'Posto Ipiranga' em anúncios para a equipe econômica vindoura.
Bolsonaro, publicamente, vai lavando as mãos. Não assumir
responsabilidade conjunta é ruim, analisam, à boca pequena - mas torcem
para dar certo.
Faísca
O veterano - e outros tantos na praça - temem o alto
risco de explosão do posto e do combustível no galão ministerial em caso
de insucesso. Não salvará o País uma simples frase de Jair: "Foi o
Guedes". Mas o time de estrelas promete sucesso. Tanto que ninguém - a
Febraban, a CNI, investidores - reclamou até agora.
Lavagem
Tem muito empresário no eixo Rio-São Paulo começando a
rezar o terço de joelhos com a entrada da delegada Érika Marena no MJ de
Sérgio Moro. Vem operação a rodo. O primeiro sinal desse receio serão
voos lotados, a partir desta semana, para o Caribe.
Eco
Mandetta foi um dos parlamentares mais atuantes na
Câmara contra a criação e renovação do Mais Médicos. Médico, ele usou a
tribuna, reuniões de comissões e emendas para contestar o programa
criado por Dilma Rousseff. Em emenda à Medida Provisória (n° 723) que
renovou o programa em 2016, Mandetta propôs que os valores repassados ao
Mais Médicos fossem pagos integralmente aos seus participantes.
Samba e política
O livro 'Noca da Portela de todos os sambas' será
lançado dia 12 de dezembro, quando o grande sambista completa 86 anos,
pela coleção de perfis da UERJ. Autor de 'A hora da virada', Hino das
Diretas Já, o músico faz, em sua biografia, homenagem a Ulysses
Guimarães, que o convidou para participar da campanha pela
redemocratização.
MERCADO
Pisou..
Alvo de uma tentativa de desapropriação pelo governo de
Sérgio Cabral em 2012, a Refit, antiga Refinaria de Manguinhos, é
citada agora como um dos pontos de interesse do ex-Procurador Geral de
Justiça do Estado Claudio Lopes, preso na semana passada.
..no óleo
A revelação de que o então Procurador-Geral buscava
informações de processos que pudessem ser usados contra a empresa leva a
crer que os esforços do ex-Governador para prejudicar a refinaria eram
bem mais amplos do que foi divulgado até agora.
Bolsonaro na pauta.
Coluna Esplanada.
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