Apesar de ter obrigado o Itamaraty a
desconvidar os presidentes de Cuba e Venezuela para sua posse na
Presidência, Jair Bolsonaro manteve o convite para representantes de
ditaduras como Síria, Sudão do Sul, Eritreia, Coreia do Norte e
Turcomenistão. Esses países lideram o ranking de ausência de liberdade
divulgado pela organização americana Freedom House.
Ao justificar o cancelamento, o presidente eleito publicou no Twitter
que a medida era contra “regimes que violam as liberdades de seus
povos” e atuavam contra o futuro governo por “afinidade ideológica com o
grupo derrotado nas eleições”. “Defendemos e respeitamos
verdadeiramente a democracia”, acrescentou.
Na tarde desta terça, 18, o Ministério das Relações Exteriores
informou a VEJA que não recebeu do futuro governo nenhum outro pedido
para cancelamento de convite para a posse. Segundo o Itamaraty, foram
chamados representantes de todos os países com os quais o Brasil mantém
relações diplomáticas. A lista inclui as doze ditaduras destacadas pela
Freedom House – embora citados como países não livres, Cuba e Venezuela
não estão entre os piores da lista.
De acordo com a pontuação atribuída pela ONG, os países são
classificados como livres, parcialmente livres e não livres. A avaliação
máxima, a nota 100, foi dada a nações como Noruega, Suécia e Finlândia.
Também citados entre os livres, os Estados Unidos receberam 86 pontos;
Portugal ficou com 97; o Brasil, com 78.
Síria, o menos democrático da lista, teve nota negativa, -1; o Sudão
ficou com 2 pontos; Eritreia e Coreia do Norte, 3; Turcomenistão, 4. A
República Centro-Africana e a Líbia, que fecham a lista dos doze piores,
ficaram com 9 pontos. Cuba recebeu nota 14, a mesma da China; a
Venezuela, 26. O levantamento da Freedom House leva em conta 195 países –
49, 25% do total, foram considerados não livres.
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