Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a
delação premiada do lobista Jorge Luz. Ele relatou à Procuradoria-Geral
da República (PGR) ter realizado pagamentos milionários de propina ao
senador Renan Calheiros (MDB-AL) e seu grupo político, de acordo com
informações de Aguirre Talento, de O Globo.
Depois de negociação que durou mais de um ano, a PGR assinou o acordo
de delação com Luz e seu filho Bruno, ambos lobistas que atuavam na
Petrobras e tinham relação com políticos do MDB.
Ficou acertado pelo acordo, que é mantido sob sigilo no STF, um
ressarcimento aos cofres públicos de aproximadamente R$ 40 milhões,
valor calculado com base nos crimes e repasses de propina operados por
eles.
Em função da delação já homologada, Fachin permitiu que Bruno Luz,
atualmente preso em Curitiba, saísse temporariamente da carceragem da
Polícia Federal para passar o Natal em casa, conforme fontes da Polícia
Federal.
Jorge Luz, por sua vez, está em prisão domiciliar desde fevereiro
deste ano para tratar problemas de saúde. Ambos haviam sido presos pela
PF em fevereiro de 2017, na 38ª fase da Lava-Jato, e já foram condenados
pelo então juiz Sérgio Moro por corrupção e lavagem de dinheiro.
Documentos
Jorge Luz entregou documentação com extratos de suas contas bancárias
no exterior e revelou detalhes do funcionamento dos pagamentos de
propina ao MDB.
O lobista revelou repasse de ao menos R$ 11,5 milhões para o grupo
político composto por Renan, o senador Jader Barbalho (PA), o
ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau e o deputado federal Aníbal
Gomes (CE).
Renan..
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