O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro,
disse nesta segunda-feira que a milícia bolivariana já tem 1,6 milhão
de membros, quase três vezes o total do início deste ano, e que sua
principal missão é “defender” o território nacional do que tem sido
descrito como possíveis agressões externas dos Estados Unidos, Colômbia e
Brasil .
Maduro disse, sem fornecer provas, que seus oponentes liderados por
Washington querem assassiná-lo e impor uma ditadura no país produtor de
petróleo. Ele afirma ainda que a crise econômica, caracterizada por
cinco anos de recessão e mais de um milhão por cento de hiperinflação no
ano, é consequência das sanções dos EUA.
— Dei uma ordem, um ano para chegar a um milhão de integrantes.
Conseguiram em tempo recorde de oito meses — disse Maduro, em uma
cerimônia no pátio da Academia Militar, diante de centenas de milicianos
com rifles nos ombros.
O presidente disse que as milícias tinham “quase 400.000” integrantes
em abril. Criada pelo falecido presidente Hugo Chávez em 2008, ela é
composta de civis voluntários e complementa as Forças Armadas.
O presidente disse que o grupo agora é integrado por um total de 1,66
milhão de homens e mulheres em todo o país e deve cumprir três missões:
se encarregar da inteligência e contra-inteligência popular, proteger o
território e ser defensiva.
— Armemos a milícia bolivariana até os dentes — disse ele, sem dar
detalhes de quantos milicianos atualmente têm armas. — Pode ser que uma
força imperialista invasora entre em algum lugar da pátria, mas o que os
imperialistas podem saber é que eles não sairão daqui vivos. (Elas) vão
arrancar o coração do inimigo. A Venezuela se defenderá dos oligarcas,
venham de Bogotá ou de Brasília.
O presidente venezuelano foi “desconvidado” para a posse do presidente Jair Bolsonaro.
O Brasil deve ficar longe de Guerra, opinião.
O Globo
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