O Governo do RN decidiu adiar a implantação do Ensino Médio Integral
em três escolas. As escolas estaduais Walfredo Gurgel (Natal), Zenilda
Gama (Apodi) e Hilton Gurgel de Castro (São José de Mipibu) figuravam a
lista das onze novas escolas que iriam ofertar o ensino médio em tempo
integral neste ano. Contudo, após encontro do secretário de Estado da
Educação e da Cultura, Getúlio Marques, com dirigentes do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte/RN) na tarde de ontem,
ficou decidido que nestas unidades a adoção do tempo integral será
adiada para que a nova proposta de ensino possa ser novamente discutida
com a comunidade.
“Nos próximos dias sentaremos com os gestores para definirmos
como será a matrícula destas escolas e as discussões sobre esta
modalidade de ensino”, ressaltou a secretária adjunta Márcia Gurgel. O
titular Getúlio Marques ainda destacou que o diálogo com a comunidade
será o caminho adotado para cumprir uma das metas da Governadora Fátima
Bezerra: levar o tempo integral para 50% das escolas da rede estadual.
A implantação do Ensino Médio integral nas unidades de ensino do
estado tem gerado polêmica entre a comunidade escolar. Para que seja
implantado em algumas destas, será preciso transferir alunos do Ensino
Fundamental para outras escolas, o que deixou pais descontentes pelo
fato de que os alunos se distanciariam mais da localidade em que moram,
muito embora o Governo argumentasse que isso só ocorreria em áreas onde
houvesse escolas próximas e em que os alunos dispusessem de transporte
escolar.
Além disso, levantou-se dúvidas sobre a capacidade das escolas
receberem a demanda transferida. Outra questão girava em torno da
estrutura das escolas escolhidas para acolher o Ensino Médio Integral.
Algumas precisariam de reformas e outras de ampliação que não seria
feita de imediato. Mesmo o Governo garantindo que há recursos do
Ministério da Educação, os educadores contestam. Há ainda um imbróglio
em relação aos profissionais para atender à nova modalidade. O Governo
indicou que reorganizaria o quadro com profissionais que possuem mais de
um vínculo, mas a ideia não agradou a categoria.
A
carga horária estabelecida na proposta curricular do modelo integral
deve ser de no mínimo 2.250 minutos semanais, com um mínimo de 300
minutos de aulas de língua portuguesa, 300 de matemática e 500
destinados a atividades da parte flexível do currículo.
A maioria das Escolas não tem nenhuma condição de seguir esse projeto.
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