Intimado a prestar depoimento desde o mês
passado, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro , Fabrício Queiroz , informou
nesta terça-feira ao Ministério Público do Rio que está internado no
Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e que no dia 1º de
janeiro submeteu-se a uma cirurgia para retirar um tumor maligno do
intestino.
De acordo com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf), foi registrada movimentação financeira de R$ 1,2 milhão,
considerada atípica, nas contas de Queiroz. O ex-assessor recebeu
sistematicamente em suas contas bancárias transferências e depósitos
feitos por oito funcionários que foram ou estão lotados no gabinete
parlamentar de Flávio na Alerj. A suspeita é que o caso constitua desvio
dos salários dos assessores, mas até agora não há provas que envolvam
Flávio Bolsonaro em irregularidade.
Entre as movimentações atípicas registradas pelo Coaf, há também a
compensação de um cheque de R$ 24 mil pago à futura primeira-dama,
Michelle Bolsonaro, além de saques fracionados em espécie. O presidente
eleito afirma que o cheque é parte do pagamento de uma dívida de R$ 40
mil.
O ex-assessor faltou duas vezes a depoimento marcado no Ministério
Público Federal, alegando problema de saúde. Em entrevista ao SBT,
Queiroz disse que o valor em dinheiro que movimentou em suas contas é
fruto da compra e venda de veículos usados e que um câncer o
impossibilitou de prestar depoimento.
Ele não explicou por que recebeu tantos depósitos de assessores de
Flávio em sua conta e nem a origem do dinheiro. Limitou-se a dizer que
vai esclarecer o assunto para o Ministério Público.Na entrevista, o
ex-assessor também procurou eximir de responsabilidade Jair Bolsonaro.
O homem que faz dinheiro na pauta...
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