A falência do atual sistema de Previdência já bateu à porta do secretário especial Rogério Marinho, 55.
Ex-deputado pelo Rio Grande do Norte, estado que decretou calamidade
financeira, Marinho afirma que parentes aposentados pelo estado estão
sem receber há quatro meses. O caso ilustra a crise que pode se instalar
caso o país rejeite reformar a Previdência.
“Todo mundo está sentindo na pele que esse sistema é injusto e insustentável”, afirmou.
“Não adianta ter uma boa aposentadoria se o Estado não pode lhe
pagar. Posso dar exemplo do meu estado, onde tenho parentes que são
aposentados e estão sem receber há quatro meses. É um direito que na
verdade fica relativizado pela falência do modelo”.
Nesta entrevista, Marinho afirma que a contribuição exigida dos
trabalhadores rurais não é exorbitante, discordando de parlamentares,
como ele nordestinos, e que apontam resistência a este ponto da reforma.
O secretário disse ainda que mudar a aposentadoria dos mais pobres, o
chamado BPC (benefício de prestação continuada), tem como objetivo
reorganizar o sistema e tem pouco efeito nas contas do governo.
“Para nós seria uma zona de conforto não separar Previdência de
assistência, mas estamos dispostos a fazer o debate porque acreditamos
que é uma oportunidade de reestruturarmos o sistema”, afirmou.
“Mas vai
acontecer o que é possível, o Congresso é soberano, a discussão ocorrerá
lá e nós esperamos que a espinha dorsal do texto se mantenha”.
Rogério Marinho na pauta.
Folhapress
Registe-se aqui com seu e-mail

.gif)


ConversãoConversão EmoticonEmoticon