A insatisfação com a articulação política do governo Jair Bolsonaro subiu de patamar no PSL, partido do presidente. Deputados foram avisados de que o líder da sigla na Câmara, Delegado Waldir (GO),
vai reunir a bancada na quarta (27) para definir o que chama de nova
postura em relação ao Planalto. Os parlamentares dizem que arcam com o
desgaste de defender o governo, mas não recebem nada em troca –nem
sequer prestígio. O recado é: ou Bolsonaro muda, ou eles tiram o corpo fora.
Após o encontro da bancada, o PSL vai pedir uma reunião com o próprio
Bolsonaro. O objetivo é saber se a parceria é recíproca. “Não podemos
assumir o papel de boi de piranha e de paredão de proteção do Planalto”,
reclama um dos líderes da sigla.
A rebelião, no entanto, é contornável, avaliam parlamentares do partido. O PSL não vai se opor à pauta do governo no Congresso, mas pleiteia um canal de diálogo permanente com Bolsonaro.
Uma ala defende, inclusive, que o presidente abra mais espaço para o
PSL no governo. Esse grupo fala, por exemplo, que a deputada Bia Kicis
(PSL-DF) tem todas as credenciais para assumir o Ministério da Educação.
O Planalto sinaliza, porém, que Bolsonaro vai ignorar os pedidos de parlamentares e manter o discurso de que não negocia sob o que chama de velha política, mesmo que a reclamação venha de seu partido.
Detalhe: Bolsonaro diz que não cederá às pressões dos deputados, recado dado!
Isso ainda vai render.
PAINEL / FOLHA
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