O ministro da Educação, Ricardo Vélez, vai discutir a implantação do
modelo cívico-militar na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP),
onde, no último dia 13, dois ex-alunos entraram armados e atiraram
contra estudantes e funcionários. A tragédia provocou dez mortos e 11
feridos. Nesta sexta-feira (22), na sua conta no Twitter, o ministro
disse que irá se encontrar com o prefeito da cidade, Rodrigo Ashiuchi,
na segunda-feira (25), “para estudarmos a viabilidade do modelo
cívico-militar na escola”.
Vélez anunciou que irá antecipar o repasse anual do Programa Dinheiro
Direto na Escola (PDDE) para a escola. O PDDE destina-se às escolas
públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do
Distrito Federal e a outras instituições que preenchem os requisitos
estipulados pelo MEC. As escolas devem ofertar programas de formação
inicial ou continuada a profissionais da educação básica.
Todos os anos, os repasses são feitos em duas parcelas, uma delas
efetivada até 30 de abril e a segunda, até 30 de setembro. “Como um
alento à comunidade escolar de Suzano, Raul Brasil, informo que o MEC
antecipou o repasse anual do PDDE. Segunda-feira [25], me encontrarei
com o prefeito, Rodrigo Ashiuchi, para estudarmos a viabilidade do
modelo cívico-militar na escola”, disse o ministro pela rede social.
A escola Raul Brasil foi reaberta esta semana, mas as aulas ainda não
foram retomadas. Equipes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da
Prefeitura, psicólogos da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo
(Seduc-SP), Universidade de São Paulo (USP), entre outras instituições
oferecem atendimento psicossocial especializado para funcionários,
alunos e familiares.
No ataque, entre os mortos havia cinco estudantes, duas funcionárias, um empresário e os dois atiradores.
Escolas cívico-militares
As escolas cívico-militares contam com uma gestão compartilhada entre
sociedade civil e militares. Atualmente, são cerca de 120 escolas em 17
estados do país com o modelo, a maior parte em Goiás, com 50
estabelecimentos de ensino, de acordo com levantamento da Polícia
Militar do Distrito Federal (DF).
Aumentar o número de escolas cívico-militares no país é uma das
prioridades do MEC, que passou a contar com uma Subsecretaria de Fomento
às Escolas Cívico-Militares. O MEC ainda não apresentou um proposta
detalhada de como será feito o fomento.
No início do ano, a pasta informou que o modelo de escola “contará
com a participação de vários segmentos da sociedade. Cada ente
envolvido, dentro de sua esfera de competência, terá importância
fundamental para a construção de um Brasil melhor. Essas unidades de
ensino serão voltadas para as famílias que concordam com essa proposta
educacional”. Para ser implementado, o modelo precisa da participação de
estados e municípios.
Procurada, a Secretaria de Estado de Educação de São Paulo, esclarece
que a Escola Estadual Professor Raul Brasil pertence à rede estadual,
ficando, portanto, a cargo do governo do estado e não da prefeitura. A
secretaria informou que não foi procurada pelo MEC e que portanto ainda
não se manifestará sobre o assunto.
Ministro na pauta.
Agência Brasil
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