Conhecida pelo discurso
anticorrupção, a senadora Selma Arruda (PSL-MT) foi responsável por
condenar, quando era juíza estadual, figurões da política mato-grossense
e ganhou o apelido de "Moro de saias". Colega de partido do presidente
Jair Bolsonaro, ela foi a mais votada na disputa ao Senado Federal em
Mato Grosso no ano passado.
Mas, pouco mais de dois meses após
assumir a cadeira, Selma foi cassada pelo TRE-MT (Tribunal Regional
Eleitoral de Mato Grosso) justamente por crimes que criticou no passado,
entre eles o caixa dois. Em 2016, quando se discutia no país a
possibilidade de anistia ao financiamento irregular de recursos de
campanha, ela classificou essa hipótese de "tentativa de golpe".
No
dia 10 de abril, os juízes-membros do tribunal eleitoral decidiram, por
7 votos a 0, que Selma deve perder o mandato e se tornar inelegível
pelas práticas de caixa dois e abuso de poder econômico. Ela foi acusada
de ter gasto de R$ 1,2 milhão em valores não declarados à Justiça
Eleitoral para se eleger ao Senado.
Segundo investigação
do Ministério Público Eleitoral (MPE), a chapa da senadora utilizou R$
855 mil na pré-campanha e R$ 375 mil durante a campanha. Os valores
foram usados em serviços como publicidade, pesquisas eleitorais e
consultoria jurídica. Os recursos não foram informados na prestação de
contas da chapa da senadora, omissão que o TRE-MT considerou ilegal.
Ainda cabe recurso ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Senadora na pauta...
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