Antes mesmo do aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), os partidos do Centrão começaram a articular nova desidratação da reforma da Previdência na
segunda etapa da tramitação do texto no Congresso, a comissão especial
que será formada para analisar o conteúdo da proposta.
No alvo da tesourada do Centrão – grupo informal formado por partidos
como PP, PR, DEM, PRB, Solidariedade – está a vinculação das regras de
aposentadoria proposta aos servidores da União ao funcionalismo de
Estados e municípios. Com a retirada da abrangência das regras, as
administrações regionais deixariam de economizar R$ 500,8 bilhões em 10
anos.
O grupo também quer mexer nas alterações propostas para o abono
salarial, aposentadoria rural e BPC (benefício pago a idosos de baixa
renda), que representam juntas R$ 228,5 bilhões, cerca de 20% da
economia de R$ 1,1 trilhão prevista pelo ministro da Economia, Paulo
Guedes. Também está na mira a exigência de 60 anos como idade mínima
para professoras se aposentarem (hoje, é de 55 anos no setor público).
Os deputados do Centrão direcionaram a artilharia contra os
governadores. Alegam que não vão votar a favor de regras que afetam a
vida dos servidores dos Estados, enquanto os governadores criticam a
proposta de reforma para seus eleitores.
Nossa...
ESTADÃO CONTEÚDO
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