O Rio Grande do Norte protagoniza mais uma vez no tema doação/
transplante de órgão. A paciente que tem sua identidade preservado é
chamada de “Brunninha” pela equipe que assiste a paciente na fila como
prioridade zero da doação de órgãos.
De acordo com o médico e diretor da Associação dos Amigos do Coração
da Criança(Amico), Brunninha está entubada, inconsciente e só existem
duas maneiras de salvar sua vida: a primeira é ter uma doação de órgão
compatível com o seu; e a outra é conseguir um aparelho que custa R$ 400
mil para mantê-la em estado grave na UTI do hospital até que o doar
apresente um coração compatível para ela.
Em desabafo na rede social Instagram, o médico alertou para o que
chama de burocracia. Segundo ele, hoje é primordial que os
encaminhamentos jurídicos e administrativos sejam feitos pelo Poder
Público que já foi notificado no fim de semana da gravidade da saúde da
menina.
Uma das alternativas listadas pelo médico é tentar o transplante aqui
mesmo – feito por médicos experientes – no hospital privado que ainda
não possui a certificação nacional. Para isso, foi acionada a bancada
federal (deputados e senadores); além dos chefes do Poder Executivo;
Legislativo e Judiciário estaduais e municipais a fim de que implementem
uma maneira de aprovar essa certificação ao hospital.
Outro processo tramita na Justiça Federal, caso não ocorra a
possibilidade de aprovação de forma urgente para cirurgia aqui em Natal,
a paciente só poderá ser transportada por UTI aérea de outro estado
vizinho, já que o Rio Grande do Norte não possuiu a unidade específica
para pacientes em estado grave como o de Brunninha.
Um outro esforço agora é que o Estado garanta o equipamento para que a
paciente continue tentando sobreviver através de respiração e funções
renais monitoradas por aparelhos.
Casos no Rio Grande do Norte
Em 2017, o Rio Grande do Norte entrou na luta pela doação de órgãos
para o pequeno Nicholas que após o transplante feito com acompanhamento
da equipe dos médicos potiguares, hoje tem uma vida saudável.
A bandeira pela doação de órgãos é tema de constantes campanhas
educativas no Estado. Mesmo assim, dados apontam que mais da metade das
famílias de potenciais doadores de órgãos no Rio Grande do Norte se
recusa a liberar a doação. A quantidade está acima da média nacional,
que já é alta. Enquanto que o índice nacional é de 43% de recusa
familiar, no RN é de 52%.
Gravíssimo...
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