A Polícia Civil do Pará informou que prendeu nesta terça-feira (16) em Altamira, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o “Taradão“, que teve a prisão decretada pela Justiça após condenação como mandante do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang. O crime ocorreu em Anapu, no Pará, em 2005.
Policiais civis da Superintendência Regional do Xingu e das
Delegacias de Homicídios (DH) e de Conflitos Agrários (DECA) de Altamira
receberam o mandado de prisão de Regivaldo Galvão, encaminhado pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
O fazendeiro foi localizado em sua casa, em Altamira, no interior do
Estado. Ele foi conduzido para a sede da Superintendência Regional da
Polícia Civil, no município, onde vai permanecer no aguardo de
transferência para a prisão.
Regivaldo Galvão foi condenado a 30 anos de reclusão no dia 30 de abril de 2010, como mandante do assassinato de Dorothy Stang.
A condenação foi mantida em segunda instância, e a pena chegou a ser
reduzida para 25 anos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que
autorizou a prisão em 2017.
Assassinato de Dorothy Stang
A missionária americana Dorothy Stang foi assassinada no dia 12 de
fevereiro de 2005, aos 73 anos. Irmã Dorothy, como era conhecida, foi
responsável pela criação do primeiro programa de desenvolvimento
sustentado da Amazônia, em Anapu (PA).
Com o projeto, vários fazendeiros e madeireiros tiveram suas terras
confiscadas pelo Incra. Segundo o Ministério Público, a morte da
missionária foi encomendada pelos fazendeiros Vitalmiro Bastos de Moura,
o Bida, e Regivaldo Galvão, o Taradão.
Amair Feijoli da Cunha, o Tato, foi intermediário do crime. Rayfran
das Neves Sales e o comparsa, Clodoaldo Carlos Batista, foram os
executores de Dorothy.
O crime ganhou repercussão internacional, chamando a atenção de
entidades ligadas aos direitos humanos e a reforma agrária na Amazônia.
Dorothy Stang...
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