Comemorando 20 anos, o programa Jornal do Dia da TV Ponta Negra de Natal entrevistou nessa sexta-feira (3) o ex-senador Garibaldi Filho (MDB).
Coube à âncora e jornalista Margot Ferreira
sabatinar o ex-deputado estadual, ex-prefeito do Natal, ex-governador,
ex-senador e ex-ministro em seu próprio apartamento em Natal.
Veja abaixo uma síntese desse bate-papo.
Balanço da carreira
“Meu balanço me deixa até muito orgulho; uma coisa que eu não sou
muito vaidoso. Eu disputei 12 eleições. Ganhei dez e perdi duas. É um
placar altamente vantajoso”, estimou. Na ótica dele, a disputa mais
difícil foi vencer as eleições à Prefeitura do Natal, em 1985, contra
Wilma Maia (depois, Faria), por pouco mais de 16 mil votos. O pleito,
também em sua ótica, o catapultou para uma carreira de maior dimensão e
vitoriosa, na política do próprio país.
Planos
“Meus planos são muito modestos. Não vou deixar a política, vou
continuar, mas não pretendo mais ser candidato. Pretendo me aposentar”.
Desavença entre Walter e Henrique
Sobre recentes declarações do deputado federal Walter Alves (MDB), seu filho, que cogitou sair do partido (veja AQUI) ao lado do próprio Garibaldi, caso o ex-deputado federal Henrique Alves (MDB) volte à presidência da legenda no RN, o ex-senador evitou aprofundar o fosso.
– Eu realmente fico muito preocupado com a declaração de Walter. O
MDB sempre foi um partido muito unido. Mas eu preciso respeitar as
divergências alheias (…). Eu tenho que admitir que aqui e acolá essas
divergências extrapolam e foi isso que aconteceu. Eu lamento muito e se
eu puder consertar isso e puder que eles possam convergir, eu o farei.
Garibaldi filho reconheceu existir uma crise na legenda, porém
assinalou que não é contra retorno do primo Henrique ao comando
partidário, divergindo do próprio filho. Ponderou, entretanto, que é
preciso ter cuidado para o MDB não ficar “estigmatizado como um partido
de uma família só.”
Mudanças
Na opinião de Garibaldi, “o RN quer realmente mudanças, não quer ver
mais uma família presente na política. Uma dessas mudanças é não querer
mais tantos familiares, mesmo eu sabendo que existem muitas vocações”
.
Governo Bolsonaro
– Eu estou preocupado. Vejo o Governo Jair Bolsonaro (PSL) perdido em
muitas querelas, muitas polêmicas. Precisa canalizar suas energias para
os grandes desafios da nação. Precisamos fazer as reformas (tributária,
previdenciária, política).
Administração Fátima Bezerra
– Eu espero que Fátima Bezerra (PT) possa fazer um bom governo, mas
ela precisa se voltar para a nossa realidade. A gente precisa não ficar
esperando as benesses do governo (federal). Isso já era. Ele próprio
(Governo Federal) está sem dispor de recursos para isso.
Reforma da Previdência
“Eu acho que vai ser aprovada (…). Ela vai passar por uma revisão,
mas eu espero que essa revisão não seja uma própria negação da reforma.
Até por sua experiência como ex-ministro da Previdência Social,
Garibaldi alertou que “quanto mais isso demorar, mais sacrifícios poderá
impor à nação”.
Saúde
Garibaldi passou por recente cirurgia em São Paulo (veja AQUI) e depois de um período de convalescença, disse de forma segura: “Eu estou bem.”
Entrevista na pauta.
Do Blog de Carlos SantosRegiste-se aqui com seu e-mail
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