A Secretaria Nacional do Consumidor, o Cade (Conselho Administrativo
de Defesa Econômica) e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) se
reuniram na quinta-feira (2) para avaliar o cenário tarifário e
concorrencial do setor aéreo após a crise da Avianca Brasil.
A informação foi dada pela TV Globo. A secretaria quer saber qual tem sido a variação de preço desde que a companhia aérea passou a cancelar voos e rotas.
O Cade diz que acompanha de perto o mercado de aviação, mas que ainda
não faz investigação para apurar um suposto aumento abusivo nos preços
de passagens.
O órgão instaurou em abril um procedimento preparatório para analisar
eventuais efeitos danosos à concorrência com a provável aquisição dos
slots (autorizações de pousos e decolagens) da Avianca por Gol e Latam.
A Anac afirma ver com bastante preocupação o cenário com a saída da Avianca, que deve concentrar o mercado de aviação.
A companhia, que entrou em recuperação judicial em dezembro, tem hoje
12% do mercado. A marca tem perdido aviões por dívidas com arrendadores
e cancelou a maior parte das rotas em abril.
O dado mais recente sobre as tarifas domésticas da Anac é de
fevereiro, quando o preço médio por assento foi R$ 383,23, alta de 4,2%
em relação ao mesmo mês do ano passado. É o maior valor para o período
em cinco anos, mas não pode ser atribuído à crise da Avianca.
Nesse período, a marca ainda tinha 50 aeronaves e fazia 237 voos
diários, em média. Hoje, são 6 aviões e 39 decolagens, diz a agência.
Explicam o indicador, segundo a Anac, fatores como o combustível de
aviação 5,4% mais caro e a cotação do dólar 17,3% mais alta, na
comparação anual.
Avianca.
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