Após uma suposta ameaça de ato de terrorismo no Over Colégio Curso
por um hipotético aluno e denunciado por um conjecturado pai em pleno
desespero tentando proteger sua filha, possível amiga do agora aluno que
passará a ser investigado por conta de anotações prevendo a tragédia, a
direção do colégio emitiu nota tranquilizando estudantes, pais,
professores e funcionários da escola.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Vivemos em tempos nos quais as pessoas não têm preocupação em
averiguar informações, não procuram os caminhos corretos para tentar
resolver as demandas do dia a dia. Um “like” parece valer mais do que
uma vida. Supondo que um pai, um responsável, estivesse preocupado com a
segurança do seu filho, deveria procurar os órgãos competentes, por
exemplo, a Polícia. Como educadores, e também na condição de pais,
tendemos a duvidar de que um responsável iria procurar um blog, na
tentativa de solucionar um problema relacionado à segurança. Polícia e
Ministério Público seriam os caminhos corretos. É difícil acreditar que
um responsável seria tão irresponsável a esse ponto.
Propagar boatos, criar pânico e submeter crianças e adolescentes à
execração pública nunca é o caminho correto. Que tipo de exemplo esses
pais dariam para seus próprios filhos? É preciso ter cuidado com as
fakes news e averiguar as informações, buscando sempre veículos com
credibilidade. Passamos por momentos delicados ontem em decorrência da
falta de cautela de um pai e de um blogueiro que se viram no direito de
colocar em xeque a integridade moral e emocional de uma criança e,
consequentemente, da nossa escola. Nem mesmo o nome da escola estava
correto na tal publicação. Nenhum veículo oficial replicou a notícia.
Todos esses indícios devem ser levados em consideração pelos pais antes
de tomarem atitudes precipitadas e contribuírem com a divulgação de
notícias que ainda não têm confirmação.
Na condição de gestores educacionais, comunicamos o fato aos entes da
sociedade organizada que têm o poder de investigar e apurar e
aguardamos as orientações e posicionamentos para tomarmos as medidas
cabíveis.
Não devemos ser irresponsáveis em afirmar ou negar, afinal, ainda não
há conclusões sobre o caso, se há algum fundamento ou se são apenas
obras de má fé dos que divulgaram. Todos são inocentes até que se prove o
contrário. Aproveitamos a situação para propor uma reflexão, um
exercício de empatia: quão grande é a pressão que sente agora o
adolescente envolvido nessa história? Que traumas a repercussão disso
tudo pode causar? Coloquem a mão na consciência! Mesmo que houvesse
algum fundamento, o linchamento público não seria o caminho correto. Se
os “postadores” de plantão resolver em fazer justiça digitando por meio
de seus celulares, voltaremos à barbárie. Hoje, você é o agressor
virtual. Amanhã, você pode ser a vítima. Vale a pena agir de modo
inconsequente e acabar destruindo uma vida? E se fosse com você? E se
fosse com seu filho?
A escola já acionou todos os órgãos competentes e está contando com a
colaboração da Polícia, do Ministério Público e da Promotoria da
Criança e do Adolescente para encontrar o melhor desfecho para o caso.
Esperamos que o Conselho Tutelar tome as devidas providências para
investigar e punir também os que espalharam a notícia, que, sem dúvida,
erou danos irreversíveis a um adolescente, a uma família e a toda
comunidade escolar.
Pedimos que os responsáveis evitem comportamentos irresponsáveis.
Cobramos ainda mais responsabilidade daqueles que se dispõem a propagar
notícias.
Por fim, aproveitamos para agradecer a todos que, ao longo do
processo, nos ajudaram a encontrar o melhor caminho para lidar com o
fato, assim como aos veículos que evitaram a divulgação precipitada de
informações.
Atenciosamente,
A direção.
OVER.
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