No dia seguinte ao compartilhamento de um texto sobre as dificuldades
de seu mandato e que diz que o o Brasil “é ingovernável” sem os
“conchavos” que ele se recusa a fazer, o presidente Jair Bolsonaro (PSL)
disse que manda muitas mensagens pelo aplicativo de celular e que cabe a
quem as recebe tirar conclusões.
“A mensagem que passei para alguns é de um autor desconhecido. Agora
estou sabendo que é de um cara lá do Rio de Janeiro. Não sabia quem ele
era. Eu passo muita mensagem por WhastsApp, muita. Geralmente eu não
boto ali a minha opinião. Eu boto ‘assista’, ‘tire suas conclusões'”,
disse Bolsonaro na noite deste sábado (18), ao cumprimentar apoiadores
na frente do Palácio da Alvorada.
Essa foi a terceira vez no dia que o presidente falou sobre o tema. A
mensagem, atribuída por ele a um autor desconhecido, diz que o
mandatário estaria impedido de atuar por não concordar com os interesses
das corporações. Mais cedo, havia dado declarações na porta do Alvorado
e compartilhado publicações no Twitter em que pedia apoio do povo para
mudar o país.
À noite, indagado por jornalistas se acreditava no que havia compartilhado, devolveu a pergunta.
“Aí depende de vocês. Você leu? Acredita?”, questionou o presidente.
O jornalista disse não ter opinião formada e Bolsonaro emendou.
“Ah, não tem opinião formada? Parabéns. Me reservo o direito de dizer
a mesma coisa. Se acabei de dizer que divulgo e deixo para o pessoal
decidir, você quer que eu decida aqui agora?”.
Os repórteres insistiram perguntando o que o presidente teria a dizer
para os que ficaram preocupados com a mensagem e ele apenas disse “leia
de novo o texto”.
“Este pessoal que divulga isso faz parte do povo, pô. Este pessoal,
temos que ser fiéis a eles. Ponto final. Quem tem que ser forte é o
povo, quem tem que dar o norte é o povo, não sou eu”, disse o presidente
ao ir até a portaria do Palácio da Alvorada cumprimentar alunos de uma
escola particular de São Paulo.
olsonaro foi à portaria do Palácio da Alvorada de sandália, short
amarelo e a camisa do segundo uniforme da seleção brasileira para
cumprimentar 36 estudantes de uma escola privada de São Paulo que, de
longe, gritavam “oh, Bolsonaro, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver”.
Os estudantes do Bandeirantes foram a Brasília para uma atividade da
escola. Antes da chegada de Bolsonaro, uma das guias do passeio orientou
os alunos a respeitar o presidente, mesmo que alguém não gostasse dele.
Ganhou de presente uma camisa do primeiro uniforme da seleção.
Ao chegar perto dos alunos, Bolsonaro levantou a camisa para mostrar a
cicatriz da facada que levou em setembro do ano passado, durante ato de
campanha no interior de Minas Gerais.
Bolsonaro na pauta...
Folhapress
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