O presidente Jair Bolsonaro afirmou à coluna, em uma conversa
exclusiva, que o Brasil irá “até o limite do Itamaraty” para ajudar no
que ele considera o restabelecimento da democracia na Venezuela.
Ele concedeu a entrevista por telefone, quando se preparava para
embarcar para Camboriú (SC) com o deputado federal Marco Feliciano
(Pode-SP). Os dois vão participar de uma festa evangélica na cidade.
Segundo Bolsonaro, o governo brasileiro tem recebido “muitos
informes” do país vizinho. “Nós acreditamos no desgaste que o [deputado
Juan] Guaidó [que se autoproclamou presidente da Venezuela] pode
impingir ao [Nicolás] Maduro”, diz ele.
Para o presidente, “essa fissura que existe na base dos militares pode subir para o alto escalão [das Forças Armadas]”.
Bolsonaro disse ainda que “o Maduro não manda nele mesmo. Quem manda
nele são os generais, os cubanos, em boa parte os russos. Ele é vigiado o
tempo inteiro”.
O presidente afirmou ainda que “o Hezbollah [movimento xiita libanês]
tem células lá”. A acusação já foi feita por autoridades dos EUA e
negada pelos xiitas.
“Tudo o que não presta está lá dentro”, segue o presidente. “É
difícil a situação da Venezuela? É. Lá não tem mais cão nem gato. Já
comeram tudo.”
Questionado até onde o governo brasileiro está disposto a ir para
ajudar a tirar Maduro do poder, ele respondeu: “Nós vamos até o limite
do Itamaraty. Sem partir para as vias de fato, vamos fazer de tudo para
reestabelecer a democracia na Venezuela”.
Venezuela na pauta..
Folha de S.Paulo
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